domingo, 31 de março de 2013

Sou ou Estou?

Olá amigos leitores
Hoje vou falar um pouco de Programação Neuro-Linguística, espero que gostem.
A Programação Neuro-Linguística – PNL – mostra como as pessoas se escondem atrás de seus preconceitos para tentarem explicar ou justificar suas atitudes e/ou decisões impulsivas.
Sempre que uma pessoa afirma, confiantemente, "eu sou assim...", ela está simplesmente procurando uma desculpa para um comportamento que ela própria sabe não ser o melhor. Quando faltam argumentos e uma razão real, objetiva e emocionalmente integrada, alguns somente repetem o velho e "seguro" chavão: "eu sou assim..." e continuam a fazer as coisas da mesma forma. Isso é chamado de “crença no determinismo genético”. Quem diz isso se protege ou isenta de qualquer responsabilidade sobre si mesmo, jogando a "culpa" na genética ou em Deus, como se a própria pessoa não tivesse meios de alterar sua vida.
Existe um meio melhor.
Quem diz “eu sou assim...”, faz de conta que não está pensando, faz de conta que não possui liberdade de escolha, faz de conta que há algo programado dentro dela, e que não existem meios de alterar essa programação.
A grande maioria das pessoas que insistem em dizer “eu sou assim...”, têm medo ou receio de mudar e são complacentes com elas próprias, agindo como um avestruz, colocando a cabeça em um buraco no chão.
Devemos então buscar outra abordagem ou foco para modificar essa forma de crença e podemos fazer isso olhando do ponto de que nós nunca "somos" coisa alguma. Sempre estamos. Estamos jovens, estamos sadios, estamos acordados, estamos educados, estamos esforçados, estamos atentos, estamos felizes e assim por diante.
O que "está" pode ser mudado, mas o que "é" não pode.
Há uma enorme diferença entre "ser e estar". Quando dizemos que estamos sem dinheiro, estamos solitários, estamos tristes, estamos sem imaginação, estamos com problemas e etc. deixamos claro para os outros (e para nós mesmos) que esta é uma condição momentânea ou transitória e que estamos procurando fazer algo para mudar essa condição. Dizer: "eu estou acima do peso" é muito diferente de dizer "eu sou gordo".
Quando o dependente químico/alcoólatra afirma “eu sou um...” ele está assumindo e definindo uma condição de vida que independe de sua vontade. Sou dependente químico/alcoólatra: é uma condição imutável.
Mais quando afirmam estarem em busca de recuperação: definem uma condição transitória e que estão fazendo algo para modificar essa condição imutável.
Como foi falado acima sobre estarmos programados por dentro no caso da dependência devemos levar em consideração que muitos estudos apontam na doença um fator genético ou hereditário e também incurável (imutável) mas isso não define que se está condenado a viver de forma ativa a doença.
Em muitos casos o dependente químico e/ou alcoólatra se agarra a essa crença de que não pode fazer nada porque o problema não tem solução, ou melhor, a doença não tem cura, assim jogando a culpa sobre a doença, sobre essa crença genética e consecutivamente em Deus como foi antes falado.
Dependentes, familiares e amigos escutem o que vocês dizem para os outros e para sua própria mente. Se você disser algo começando com a frase "eu sou assim mesmo..." verifique imediatamente se não está somente tentando explicar o inexplicável para seu próprio coração. Não tente se enganar, porque, no fundo, você vai saber que é uma afirmação falsa.
Somente quem muda, sobrevive. Questione como William Shakespeare: "Ser ou Não Ser? Eis a questão".
A resposta pode valer sua vida.

Feliz Páscoa e boa semana a todos. Até o próximo post.
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